Escrevo-te com a mesma saudade



Volto a escrever sobre ti, com a mesma saudade que escrevia antes. Já te deixei partir, mas apenas pra teu bem. Sabes? Continuo a sentir a tua falta, continuo a esperar que me digam que perder-te foi apenas uma mentira. Lembro-me tão bem de como aconteceu... Nesse dia, senti-me insignificante. Aliás, desde esse dia que sei que não posso impedir 90% das coisas que acontecem. Se foi uma lição da vida, não a considero justa. Lembro-me de como é ver a morte diante dos olhos. Estavas lá, não eras tu, mas era o teu corpo... Estavas lá, pálida, fria, sem vida. E naquele momento, lembrei-me de cada momento em que estive contigo, de cada momento em que te ouvi, de cada momento em que os teus olhos me diziam o quanto gostavas de mim... Tenho saudades de alguém como tu, que expresse o seu amor sem precisar de palavras. Lembro-me de tanto, que por momentos, vivo no passado. O passado onde pertences torna-se no meu presente, por mais que eu não o queira. Desde aquele maldito dia em que fechaste os olhos, desde aquele dia em que muitos choraram a tua perda, desde aquele dia em que te vi sem vida, que não consigo ser totalmente feliz. É como alguns dizem, ou falta algo, ou falta alguém. E neste caso, só faltas tu...
- Mariana Castro.